Buenas, é isso... nem só de "Smells Like Teen Spirit" é feita a nostalgia deste quarentão simpático.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
Twiggy, Twiggy - Pizzicato 5
Buenas, é isso... nem só de "Smells Like Teen Spirit" é feita a nostalgia deste quarentão simpático.
segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012
Um fim de semana
Sábado, acordo tarde. Quase meio-dia. Mesmo assim, tomo um
café. Vou almoçar lá pelas 3, 4 da tarde. Saio. Tenho que pegar uns livros que
deixei reservados no sebo e também quero acessar internet no meu trabalho (isso
tudo a umas três quadras do meu apê). Dos dois livros que tinha reservado, só
pude pegar um. Grana insuficiente. Livros caros, mas que valem ainda mais.
Pretendo vendê-los no Estante Virtual. Um deles, da Simone de Beauvoir:
“Memórias de Uma Moça Bem Comportada”. A guria da loja, minha amiga, disse que
o livro é sobre a vida dela. Rimos os dois. Não existem mais moças bem
comportadas. Assim espero, pelo menos. Na empresa, a internet fora do ar. Penso
em mexer nos hubs, roteadores, servidores e sei lá mais o que, mas desisto da idéia.
Certamente ia fazer merda. É uma pena, precisava pesquisar o preço de uns
livros que vi ainda num outro sebo. Um Adorno, um Bertrand Russell, um Sérgio
Buarque de Holanda, um W. B. Yeats e um Blaise Cendrars. Decido pegar uns
desenhos que estou fazendo e levar pra casa. Mas não estou com o meu pen-drive.
Procuro um por lá, não acho. Saio. Vou pra uma lan-house no shopping Rua da
Praia e aproveito pra ver a programação de cinema. Sempre que vejo um filme é
ali, ou no Vitória ou na Casa de Cultura Mario Quintana. Os baratinhos. Quero
ver esse último do Brad Pitt, mas não tá passando. Acesso a internet
ligeirinho. Exceto pelo Adorno, nenhum dos livros que vi valia a pena pra
revender. Olho meu email. Vendi um livro. Oba! E dos mais carinhos. O Estante
Virtual inventou uma porra dum pagamento online. Agora, além dos 5% que o site
cobrava, esse PayPal filho da puta me come mais 7%. E fica com a minha grana
guardada. Só posso retirar acima de R$ 250,00, ou pagar R$ 3,00 por
transferências de valores menores. Odeio cartões de crédito e odeio estes
intermediários que ficam cobrando por “serviços” que não pedi pra inventarem.
Eu sei, as pessoas adoram usar seus cartões. Dizem que “facilita a vida”. Vão
tomar no cu, todo mundo. A gente deveria andar com dinheiro no bolso e só
gastar o que pode.
Buenas, de qualquer maneira, tá ficando desinteressante esse
meu esquema de venda de livros. Ainda mais que os sebos antes sem noção onde eu
garimpava agora estão mais antenados para o valor de alguns títulos. Sim, é uma
espécie de picaretagem isso que eu faço, mas mesmo assim, muita gente foi feliz
com ela. Desde 2007 vendo livros pro cantos mais remotos do Brasil. Meus preços
lá no EV são os mais baixos. Um cara lá do Piauí comprou um livro que ele
queria muito e pagou metade do que pagaria numa loja de novos ou mesmo no EV.
Voltei pra casa. Fiz um rango. Botei rolar – aleatório - uma
seleção de músicas no computador (Bob Dylan, Johnny Cash, Crosby, Stills &
Nash, George Harrison e a trilha sonora de I’m Sam) e fui organizar uns
desenhos que quero usar pra fazer estampas de camiseta (minha idéia fixa do
momento pra virar chefe de mim mesmo). Quando as músicas chegaram ao fim, tentei
tirar um som que a minha filha pediu: I’m Yours, de um tal de Jason Mraz. Ela
quer gravar um vídeo e apresentar na festa de 15 anos de uma prima (que adora a
música). Coisa simples, um reggaezinho com basicamente quatro notas, ainda
assim tô apanhando pra tirar. Na música sou um embuste total. Mas o aniversário
é em setembro. Até lá, sai.
Desisti do reggae e decidi olhar o último episódio do Big
Bang Theory, que toda semana um colega de trabalho baixa. As legendas (mesmo
pra mim que sou uma anta em inglês) às vezes deixam a desejar, mas é legal
mesmo assim. Sempre rio muito, é genial. Depois fui cortar as unhas dos pés,
que já estavam quase furando as meias (odeio cortar as unhas dos pés –
principalmente a do dedão direito, que cresce encravada). Depois fui passar fio
dental por baixo de uma ponte fixa que estou usando. Os dentes que sustentam a
coisa foram desgastados e ficaram sensíveis. Dói usar a porra do fio dental.
Aliás, também odeio passar fio dental. Depois fui arrumar o quarto, que tava
foda. Depois lavar uma louça e torcer umas roupas que tavam de molho há quatro
dias. Lavar roupa é um saco! E quando vi já era bem tarde. Hora de jantar. Meu
colega de apê saiu, aproveitei pra ver um filme pornô. Me masturbei, claro.
Filme bom como há tempos não via. Atrizes bonitas e convincentes quando faziam
caras de prazer e fingiam orgasmos (tenho dúvidas se não eram orgasmos de
verdade). As cenas bem feitas (do jeito que eu gosto, pelo menos). Tinham pelos
pubianos as moças, o que não é muito comum em filmes pornô (algum imbecil, algum dia,
inventou que aquela região fica melhor depilada... tsc, tsc, tsc).
Dia cheio. Escovei os dentes e fui dormir. Meus vizinhos de
cima, monstros do inferno, fizeram barulho até umas duas da manhã. Na real até
umas três, porque teve a história de atrasar o relógio pelo fim do horário de
verão. Porra, adoro o horário de verão. Por mim, não acabava nunca. Aliás, acho
que é exatamente nas outras estações que ele deveria vigorar. Se no inverno
anoitece mais cedo, então é mais sensato que tenhamos a ilusão de que são 20h
quando na verdade são 19h, não concordam? Quando eu governar o mundo, isso vai
mudar.
Domingo. Acordei tarde de novo. Tomei café, de novo. Fui ler
um pouco. Terminei uma antologia de contos - organizada pelo Sergio Faraco - intitulada
“Contos Brasileiros”. Boas surpresas tive ali. A melhor delas um tal de João
Antônio e o conto “Meninão do Caixote”, extraído do livro “Malagueta, Perus e
Bacanaço” (que já possuí, mas ignorei totalmente). Duas decepções: um Moacyr
Scliar e um Sérgio Sant’Ana (dois dos maiores, mas os contos escolhidos...
fracos). Também comecei a leitura do livro “Um Escritor no Fim do Mundo”,
relato da viagem que o (também escritor) Juremir Machado da Silva fez à
Patagônia com Michel Houellebecq. Dois caras estranhos numa terra estranha (a
do Fogo), o livro pode ser interessante. Eu, já de cara, dispensaria as páginas
de fotos. Coisa muito sem graça é ver gente posando com geleiras ao fundo.
Aliás, gente posando em qualquer circunstância é uma coisa de gosto meio
duvidoso.
E no banheiro mantenho o livro “Notícias da Chácara”, do
paranaense Domingos Pellegrini. Um bom livro. Vou lendo e aprendendo coisas que
pretendo aplicar quando fugir da cidade (e dos seus debilóides) pra uma chacarazinha
em algum lugar retirado.
Já que estou falando em livros, um adendo - os títulos que
encarei desde aquele meu levantamento de todas as minhas leituras: Trilogia
Suja de Havana – Contos, Pedro Juan Gutiérrez (o primeiro dele e o melhor
dentre todos que li); O Mundo Fora dos Eixos – Crônicas, Bernardo Carvalho
(sensacional... o cara é foda); Medo e Delírio em Las Vegas – jornalismo gonzo,
Hunter Thompson (massa pra caralho, me deu vontade de usar drogas (eu, o maior
dos caretas)); O Zen nas Artes Marciais – relatos, Joe Hyams (bem legal, embora
pareça auto-ajuda) e os quadrinhos “Daytripper”, dos irmãos Ba e Moon (boooooring...
esses caras desenham pra caralho, mas suas estórias, cheias de sensibilidade e
intimismo, me dão no saco – são uma espécie de Los Hermanos dos quadrinhos, uma
coisa quase gay... e quase gay é gay demais pra minha cabeça) e 100 Balas, de
Eduardo Risso e Brian Azzarello (fenomenal, coisa boa mesmo, bem diferente dos
alardeados – e idiotas – Brian Vaughan e Mark Millar (entre outros)). Também reli algumas coisas: os quadrinhos “O
Cavaleiro das Trevas” do Frank Miller (que além de seminal é, até hoje, uma
coisa sem paralelos, sem comparações) e Prelúdios e Noturnos, do Neil Gayman
(deleite sempre garantido). Também reli os livros “Partículas Elementares”, do
supracitado Michel Houellebecq, e “Até o Dia em que o Cão Morreu”, de Daniel
Galera. Acabei relendo estes porque um belo dia me vi pegando um ônibus pra
praia logo após ter saído de um sebo onde encontrei-os por um preço bom para
revenda. Foi providencial, pois não havia pego nada pra ler. O Galera é bom
(dos três que li dele, é o que mais gosto) mas o Houellebecq, relido dez anos
depois, me decepcionou um pouco. Devo ter lido mais coisas, mas esqueci ou não
julgo digno de nota (como os quadrinhos “Bordados”, de Marjane Satrap e “Aya de
Yopougon”, de Abouet e Obrerie, por exemplo)
Bom, continuando com o domingo.
Depois de ler esse tanto, decidi sair e comprar coisas pro
almoço. Precisava de ovos. Na esquina do boteco encontro um passarinho caído no
chão. Pequenino ainda, pouco mais que um filhote. Pego o bichinho e seguro
firme para que não escape. Pretendo levá-lo pra casa e alimentá-lo com pão
(integral, com sementes) até que tenha condições de voar de novo. Ele se agita
um pouco. Passo o dedo na sua cabeça tentando acalmá-lo. Então vejo que ele faz
mais força, tenta se debater. Cogito largá-lo no galho de alguma árvore, mas
então, sem mais nem menos, ele morre. Simplesmente para de fazer força e a
cabecinha desfalece, completamente mole, para o lado. Senti uma tristeza
imensa. O bicho morreu na minha mão. É uma sensação horrível (me lembrou o
trecho do livro do Daniel Galera, onde o personagem fica observando os últimos
minutos do seu cachorro, tentando captar o momento exato em que a vida abandona
o corpo do bicho). Fiquei abatido. Larguei o corpo inerte no pé de uma árvore e
fui comprar minhas coisas. Na volta ainda olhei o bichinho, uma esperança de
que tivesse sido só um desmaio (se é que bichos desamaiam). Aos 40 anos – nunca
antes - uma criatura morreu na minha mão, que coisa estranha e triste!
Em casa fiz um rango. Pretendia nadar à tarde. Olhei o
celular, ainda com o horário de verão, e decidi ver um filme antes de ir pro
clube. Tinha no computador um documentário esperando já há algum tempo pra ser
visto: “Quem Matou o Carro Elétrico”. O nome diz tudo. Um filme sobre o porquê
de um projeto de carro movido a energia elétrica – desenvolvido pela GM – não
ter vingado. Não vou contar o filme, mas é aquilo tudo que já sabemos:
interesses das grandes montadoras, do mercado de petróleo e dos conchavos entre
políticos e grandes empresários. A filhadaputice de sempre. O curioso neste
caso é que a GM chegou a desenvolver o carro, produziu centenas deles, repassou
para clientes (satisfeitíssimos com a aquisição) e depois, quando por alguma
razão obscura resolveu abortar o projeto, retirou um por um das ruas e mandou
todos pra uma daquelas prensas que transforma carros em blocos de metal
retorcido e vidro estilhaçado. Será que existe coisa mais assustadora que um
americano engravatado? Juiz, advogado, empresário, político, publicitário...
estes tipos são terríveis em qualquer lugar, mas os americanos parecem
infinitamente piores. Sou maniqueísta, foda-se! Pra mim esses caras são o mal
encarnado (quem leu Elektra Assassina tem uma idéia do que estou –
metaforicamente – falando).
Buenas... fui nadar. No caminho passei no super pra comprar
sabonete. Depois, na rua, encontrei um ex-colega de trabalho, o Ben-hur. Estava
conversando com ele quando surgiu uma guria - amiga de um amigo – que conheci
nas famosas noites de terça, no Tutti, o bar dos cartunistas na escadaria do
viaduto da Borges. Ela disse “oi, Telmo” e eu me impressionei por ela lembrar
meu nome, algo que todo mundo esquece por achar “diferente”. Já eu não lembrei
o dela. Quando estou conhecendo alguém, lembro sempre do signo, quase nunca do
nome (claro, signos são só doze). Geminiana, essa. E bonita. Achei-a mais
bonita do que quando a conheci no bar. Já íamos entabulando uma conversa quando
ela se deu conta de que esquecera a carteira em casa. Poxa... e eu que já ia
desistindo da natação. O jeito foi me encaminhar. Esperança de ver alguma
gostosa na piscina. Mas que nada! Tava devagar. Melhor assim, talvez. Piscina
cheia é um saco. Nadei meus mil metros (crawl e costas) em 45 minutos e voltei
pra casa. Tomei um café e decidi ver um filme que o meu colega de apê emprestou:
O Expresso da Meia-Noite. Antigo, mas eu nunca tinha visto. Foi legal. Nisso
passaram mais duas horas. Depois sentei na frente do PC e resolvi escrever este
texto. Acho que estou há umas três horas nisso. E por quê? Sei lá.
Provavelmente ninguém lê uma coisa destas, só tem interesse pra mim. É uma
forma de loucura, desconfio. Sei que não sou muito normal. Desperdiço uma
energia danada em coisas infrutíferas. Agora vou fazer uma janta (leve, pois
estou com gastrite de novo), aparar minha barba, raspar minha cabeça, escovar
os dentes e dormir. Espero que seja uma noite boa de sono (com gastrite, tenho
pesadelos horríveis).
Mais um fim de semana na minha vida. Já tive melhores e já
tive piores.
sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012
sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Das coisas que eu não gosto (III)
CACHORRO EM APARTAMENTO - Hoje, quando
vinha pro trabalho, passei por uma mulher e seu cachorrinho. O bicho usava
calçados!!! Quatro pequenas imitações de tênis. Um mendigo recostado a uma
parede olhou aquilo e pareceu tão embasbacado quanto eu. Baixei a cabeça e
segui meu caminho: MUNDO, ACABE LOGO, POR FAVOR!!!
As pessoas
estão doentes. Doentes da cabeça, como sempre estiveram, mas estão ficando cada
vez piores. Um bando de gente de merda que não lê livro algum (quando lê é:
espírita, auto-ajuda, esotérico, Best-seller...), um monte de carne e banha
transitando pra um lado e pra outro sem pensar, consumindo, consumindo,
consumindo, assistindo televisão, ouvindo música ruim, torcendo por times de
futebol, fumando, dirigindo seus carros, pagando estacionamento, pagando IPVA, pagando a prestação disso e daquilo, produzindo e jogando na
calçada toneladas diárias de lixo e esperando deus ajudar. SE DEUS EXISTISSE,
FULMINARIA VOCÊS INSTANTANEAMENTE, TURBA DE ACÉFALOS! VOCÊS SÃO O MAL!!!
Vou explicar
o que acontece, como essa coisa de ter um bicho de estimação virou uma das
principais mostras de que as pessoas estão sendo acometidas de doença mental
grave. Basicamente é assim: o ser humano, em geral, é um merda. Não sabe comer,
não sabe respirar, não sabe fazer sexo, não sabe pensar, etc, etc, etc. Como é
que um inepto destes vive? Fazendo merda o tempo todo. Fazendo tudo errado e
detonando o planeta. Mas se ele come demais, ou se ele fuma demais, ou se ele
usa anti-depressivos, ou se ele se afunda no cartão de crédito ou no cheque
especial é porque, afinal de contas, o coitado sofre e precisa ter uma válvula
de escape, não é mesmo? NÃÃÃÃÃOOOOO!!!! Não é mesmo!!!! Existem outras maneiras de superar os
problemas (LIVROS, TURBA DE ACÉFALOS, LIIIIIIIIIIIIIVROOOOOOOSSSSS - POR QUE É
TÃO DIFÍCIL TENTAR MELHORAR COMO SER HUMANO? Por que é uma coisa d’outro mundo
ler um Tchekhov? Um Saramago, que seja?).
Os bichos,
que estas pessoas patéticas trouxeram para viver em apartamento, são apenas
mais uma válvula de escape, mais um equívoco.
Se o sujeito não sabe comer, dormir, respirar, sentar, ler, trepar, etc,
não é de se esperar que ele saiba se relacionar com os outros. Isso inclui pais
e filhos. Não tenho dúvida alguma de que esse mundaréu de animais que invadiu
as ruas das cidades nos últimos anos é o resultado de uma feroz carência
afetiva que assola meio mundo. É muito mais fácil se relacionar, projetar a
afetividade num cachorro do que num ser humano. Um cachorro não cobra, nunca
vai dizer “mas que merda de educação tu me deu. Hein, pai?!!!”, ou “que bosta
de filho tu acabou saindo. Hein, garoto?!!”.
Já vi gente
que trata melhor seus cachorros do que os seus filhos (você já deve ter visto
também). O que é isso senão incapacidade intelectual e psicológica? O sujeito,
que era um merda, deu uma educação de merda para o filho que então virou um
merda que levou a merda adiante. Que tipo de conhecimento vai passar uma pessoa
que não tem nenhum? O cara que vive assistindo aos jogos do “timão” vai legar
esta “paixão” ao filho. A senhorinha que não perde um capítulo da novela das
oito vai fazer o mesmo. E assim a coisa vai degringolando. Pois bem, essa
gurizadinha cresce vazia. Não sabe fazer nada além de pedir dinheiro pra ir pro
shopping, jogar vídeo-game, navegar na internet e ouvir uma música idiota
qualquer. Chega um momento em que essa ausência total de coisas de qualidade na
vida do pequeno rebelde cobra seu preço. Não existe uma figura sólida o suficiente
para que eles respeitem e então vêm as crises. Seria muito bonito dizer que é
um pedido de socorro (pai, mãe... me mostrem que a vida é um pouco mais do que
isso!), mas a verdade é que o bichinho, já devidamente condicionado, não tem
parâmetro algum pra desconfiar que existe algo além do seu prazer imediato e
sempre insuficiente. Pais medíocres, filhos medíocres. Pais estúpidos, filhos
estúpidos. Pais fumantes, filhos fumantes. Pais gordos, filhos gordos, pais
fanáticos por futebol, etc, etc, etc. VIVA A INFINITA E HEREDITÁRIA ESTUPIDEZ
HUMANA!!!!
Aí entram os
cachorros (e gatos, menos frequentemente). As pessoas projetam o seu potencial
afetivo no quadrúpede e têm um retorno imediato. Como é bom ser amado!!! Deixa
o bicho roer o sofá. Deixa ele mijar no tapete de vez em quando. Deixa os pelos
na cama e nas roupas. Deixa o cocô na calçada (algumas deixam mesmo, outras juntam – coisa nojenta que me faz
pensar que sim, elas estão realmente desesperadas por afeto). Elas andam pelas
calçadas chamando seus cachorros de “meu filho”, ‘minha filha”. Na minha rua, quase
todos os dias, passa uma mulher com dois cachorros na guia e mais três NUM
CARRINHO DE BEBÊ!!!! Gente como ela compra (pra alegria deste rentável negócio
chamado Pet Shop) uma infinidade de produtos que vão do mais esdrúxulo ao mais
despropositado (visite um site de uma loja destas, é uma incursão melhor que a
psicanálise na insanidade humana). A síndica do meu prédio tem dois “lingüiças”
que fazem um barulho infernal e latem o tempo todo quando ficam sozinhos no
apartamento (e eu, que saí da Mathias porque não suportava – entre outras
coisas – o escarcéu da cachorrada!). Dia desses fui pagar o condomínio e quase
não consegui respirar, parado na porta do apartamento dela. O cheiro (a
murrinha) de cachorro era insuportável. Fico imaginando esses bichos cagando e
mijando dentro de casa (já ouvi caso de gente que, morando num JK, criava
um labrador), babando e soltando pelos pra todo o lado. É asqueroso. E cruel
para com os bichos. Vejam bem, não tenho nada contra os animais, até gosto
deles, mas o pessoal tá forçando uma barra quando traz para dentro de um
apartamento um bicho que sempre viveu num pátio. É anti-natural. Sim, eu sei
que tem muitas outras coisas anti-naturais acontecendo, mas se isso é argumento
pra fazer cada vez mais e mais merdas, então meta logo uma bala na cabeça e acelere
esse processo de degradação (sim, eu acho que botar um cachorro dentro de casa é um tipo de degradação). Não seria tão difícil aceitar que o
cão (ou gato) virou o Prozac de algumas pessoas (melhor um bicho do que um
químico, a mim parece) se não fosse o fato de que cachorros e apartamento são
uma mistura infeliz.
O mundo vai
continuar mudando (gostaria que não, gostaria que acabasse mesmo no fim de
2012) e eu não imagino onde vai parar essa maluquice com cachorros. Se eu
ganhar alguma grana, me mudo pra bem longe de toda essa gente demente que vive
nas cidades. Se eu não ganhar, talvez acabe um dia sendo linchado por donos de
cachorros... por que é difícil esconder a minha raiva: VÃO SE TRATAR, SEUS
FRACOS DE ESPÍRITO! VOCÊS SÃO TODOS UNS DOENTES!!!
quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012
E eu preferia a Daphne...
Não lembro o que estava procurando, mas de repente me apareceram dezenas de Velmas sexys no Google Imagens. Caracas, a rapaziada tem tara na guria. Pior que comecei a gostar também.
(qd abrir a imagem, clique com o botão direito do mouse e escolha "abrir imagem em uma nova guia", depois use a lente para ampliar e ver maiores detalhes dos desenhos).
(qd abrir a imagem, clique com o botão direito do mouse e escolha "abrir imagem em uma nova guia", depois use a lente para ampliar e ver maiores detalhes dos desenhos).
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