Recebi este "cartão" de Natal do camarada Jozz, um quadrinista de São Paulo que conheci na última feira do livro de Canoas. O Jozz tem um traço muito legal e produz bastante. E é gente boa.
Reproduzo o cartão porque fiquei impressionado com as coincidências entre a história contada e a minha vida. Meu camarada Emerson disse: desenhista deve ser tudo assim mesmo. Por que ele também se identificou.
É... é uma vidinha beeeem mais ou menos.
Valeu, Jozz!
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Então é Natal...
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Dias ruins
Ilustração que fiz pra uma revista que está sendo produzida aqui na agência. Não saiu ainda, não sei se podia estar publicando o desenho agora. Buenas, o blog não é lido pelo pessoal do meu trabalho (fazem bem).
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
Macaco velho...
O último desenho que fiz para o site de estampas de camiseta. Desisti da coisa. Me enche o saco ficar vetorizando meus desenhos. Acho o Photoshop mais amigável. A verdade é que eu deveria aprender a usar a tal Tablet, mas os anos passam e a gente vai perdendo a disposição de aprender coisas novas. Pelo menos as relativas à informática.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
Banksy
Banksy é conhecido no mundo inteiro, mas sempre pode ter alguém que ainda não sabe do trabalho do cara (meu caso até agora). Para estes, coloco aqui este link: BANKSY. O sujeito é fodástico. Eu olho os troços dele e penso: "caramba... por que EU não imaginei uma coisa assim?"
Também coloco aqui um texto da minha amiga Ana Caroline (http://thepictures.wordpress.com/). É de maio de 2008 (o que mostra que a minha amiga é muito mais antenada do que eu) e dá uma boa ideia da importância do artista.
A Street Art e o artista guerrilheiro
Até agora, a trajetória de um artista contemporâneo consistia em escola de arte seguida da exposição em galerias e da compra das obras por colecionadores influentes e instituições públicas, tudo isso somado a convites para festas cool. Hoje, depois do MySpace transformar a indústria da música, dos blogs tomarem os espaços dos jornais e do YouTube roubar da TV o posto de provedor primeiro de informação instantânea, a Street Art, ou Arte de Rua, utiliza a Internet como mídia para invadir o mundo da arte. Prova disso é a popularidade de sites como www.woostercollective.com; www.graffiti.org e www.picturesonwalls.com.
Com origem nos Estados Unidos, a Street Art está hoje centrada na Inglaterra, assim como as casas de leilão, que desde 2006 oferecem as mais valorizadas obras do mundo, entre elas as de artistas de rua, e as vendem rapidamente a colecionadores de arte tradicionais e celebridades, apesar de os críticos de arte britânicos a chamarem de piada ou se recusarem a comentá-la. Se em 2002 Banksy, o mais cultuado e influente artista inglês, vendia suas obras por pouco mais de 50 libras nas feiras alternativas de Londres; em fevereiro passado, no primeiro leilão de Urban Art, ou Arte Urbana, seu macaco Laugh Now obteve o lance maior, de 228 mil libras.
Toda vez que um trabalho de Banksy vai a leilão, atinge novo recorde, abrindo caminho para artistas como Adam Neate e Nick Walker. Galerias especializadas em Street Art estão também conquistando espaço. A mais famosa delas é a Laz Inc, no Soho, que representa Banksy, Paul Insect e Mode 2, uma figura que desde os primeiros anos do movimento faz arte inspirada em quadrinhos. Ano passado, Dennis Hopper e Angelina Jolie faziam ali suas apostas, e a atriz e Brad Pitt gastaram um milhão de libras apenas em obras de Banksy.
O crítico de arte Ben Lewis está produzindo um documentário sobre o atual mercado da arte, chamado Brave New Art World, e afirma que o trabalho de Banksy é interessante e deve resistir à prova do tempo porque tem uma história política e uma história cultural jovem, além do respaldo de celebridades. A mídia frequentemente se refere a ele como ele mesmo se define: “terrorista da arte”, por chamar a atenção do mundo para temas atuais através, por exemplo, da exibição Santa’s Ghetto de 2007, que consistiu na criação de pinturas com spray ao longo da barreira que separa Israel da Palestina ou, recentemente, ao espalhar o graffiti “Vote Ken” pelos prédios de Londres em apoio ao candidato a prefeito do partido trabalhista, Ken Livingston.
Em agosto de 2006, Banksy e Danger Mouse – produtor de Attack & Release dos Black Keys – repuseram nas lojas de discos britânicas 500 cópias dos CDs de estréia de Paris Hilton, incluindo remixes intitulados “Why am I Famous?”, “What Have I Done?” e “What Am I For?” . No encarte, a socialite aparece topless, com uma cabeça de cachorro e saindo de um carro de luxo, cercada de sem tetos. Além da mensagem social, há anos a Street Art afeta o mundo da publicidade, da moda e do design, e enfim passa de uma resposta trangressora contra o sistema, feita nas ruas, para algo de valor e exposta em galerias.
A partir de 23 de maio e durante três meses, a Tate Modern de Londres – galeria de arte mais popular do mundo – exibe Street Art, permitindo que a fachada do prédio, às margens do Tâmisa, seja utilizada como canvas pelos artistas europeus Blu, JR e Sixeart, os americanos Faile e os brasileiros Nunca e Os Gêmeos. Banksy, que em 2005 entrava disfarçado nos museus de Nova York para pendurar nas paredes suas versões de pinturas clássicas, e que esse ano doou alguns de seus trabalhos para galerias de arte britânicas, não participa da exibição. A galeria anunciou que ele não foi convidado, enquanto ele se manteve ocupado organizando The Cans Festival, ou Festival de Latas, que exibia o trabalho de 40 artistas do mundo todo em um antigo túnel de trem a dez minutos de caminhada da Tate Modern.
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
Deve ser por causa do meu ascendente em capricórnio
Eu não dava a mínima pra esta história de signos até os meus onze anos de idade. Começou numa viagem de escola pra Gramado (os famigerados passeios de fim de ano). Lá, entramos numa loja de lembrancinhas. Tudo caro, eu não sabia o que comprar. Aí vi uma plaquinha de madeira com o desenho de um escorpião. “Olha... o meu signo”. Baratinha e tal, comprei. Além da figura do aracnídeo, tinha também uma lista de qualidades e defeitos. Não dei muita bola, mas no ônibus o pessoal começou a comentar. Uma professora me disse: é, Telmo... tu é bem assim mesmo. Aí, fudeu.
Fui uma criança tímida e insegura, mas me sentia o máximo cada vez que lia as “qualidades” do meu signo solar. Da plaquinha evoluí pra revistinhas, pequenos livros e textos jornalísticos sobre o assunto. O tempo passou e eu não sei bem o que aconteceu entre aqueles dias da plaquinha de madeira e os de hoje, quando minha primeira curiosidade em relação a qualquer pessoa é sobre o signo. Mas é um fato, o interesse e o conhecimento do assunto cresceram significativamente (não o suficiente para fazer uma defesa embasada em dados científico/matemáticos – deus me livre daqueles cálculos complexos que os astrólogos sérios conseguem fazer - , mas o bastante para eu, de vez em quando, trazer o assunto à baila e me expor às críticas e caras de incredulidade).
Fiquei dois anos e meio numa faculdade de Filosofia. Foi tão pouco tempo, e o meu aproveitamento tão pífio, que seria uma afetação (e uma irresponsabilidade) dizer que isso me autoriza a falar com mais propriedade de algum assunto (a bem da verdade, a filosofia é tão rica em correntes e litígios que, mesmo entre os grandões, as “autoridades” estão longe de ser consensuais). Mas pelo menos mostra que o Telminho foi um pouco além da literatura circunscrita aos mapas astrais. Sugere – e podem acreditar – que eu devo ter algumas noções de lógica, epistemologia, metafísica e outras coisinhas complicadas que mudaram o mundo desde que o “seu” Sócrates surgiu com aquele papo de “maiêutica”. Ademais, antes ainda de travar contato com os “amigos do saber” já faziam minha cabeça os Dostoiévskis da vida. Portanto, não é um obscurantista este que vos escreve.
É importante fazer uma distinção aqui. Quando falo em astrologia, não estou me referindo a coisas como horóscopo diário, estas bobagens que as pessoas lêem no jornal pra saber como será o seu dia. O que sempre me interessou foi o estudo da personalidade dos indivíduos. E esse interesse só ganhou corpo com o passar dos anos porque a correspondência entre a teoria e a vida real é muito grande. São “coincidências” freqüentes demais pra se refutar assim na maior. Ou seja, faço uma defesa respaldada em conhecimento empírico. Comparo pessoas de mesmo signo. Comparo relações entre pessoas de signo “X” e pessoas de signo “Y”. Vejo que pais de um determinado signo geralmente têm filhos deste ou daquele outro signo. Percebo a incidência de casais de um mesmo par de signos (gêmeos e sagitário, por exemplo). Sei que atraio gurias de um determinado signo e passo completamente despercebido por mulheres de outro. Vejo que, frequentemente, as pessoas de um certo signo apresentam características do seu oposto complementar. Percebo características físicas e psicológicas e essas coisas são tão flagrantes que há algum tempo inventei uma brincadeira: tentava adivinhar o signo das pessoas. Acho que posso dizer que o meu índice de acertos era bastante alto. E diria mais: acho que se pode adivinhar o signo SOLAR de uma pessoa, mesmo das que já desenvolveram bastante as características do seu ascendente e mesmo das que diferem muito do seu signo solar por conta de uma configuração astrológica incomum.
Os críticos da astrologia apresentam vários argumentos (aparentemente muito bons) pra invalidar a “ciência dos astros”. Por exemplo: como pode acontecer de irmãos gêmeos, que nasceram ao mesmo tempo, serem completamente diferentes um do outro? (a resposta é fácil: é impossível nascer “ao mesmo tempo” e, pra astrologia, uma diferença de minutos pode mudar radicalmente a personalidade de uma pessoa. O ascendente de um pode ser capricórnio (sério, circunspecto, estável, pesado – elemento terra) e o de outro aquário (um signo de transformação, vanguardista – elemento ar). E aí tem os doze signos (de cada pessoa) distribuídos por casas diversas, com diversas significações. Para os céticos pode parecer que esse mundaréu de combinações não passa de um subterfúgio dos astrólogos pra explicar por que aquele canceriano é tão diferente daquele outro, mas o aprofundamento (que eu não fiz, mas do qual tenho noção) no estudo destes cálculos vai mostrar que a coisa é fundamentada.
De qualquer modo, não faz diferença para mim. Anos de observação foram o suficiente pra me convencer de que tem alguma coisa aí. Eu não sei se é realmente Plutão (que não existia nos mapas iniciais, depois foi descoberto e agora deixou de ser planeta) que faz com que um escorpiano seja assim ou assado. Não sei até onde é válida a mitologia do negócio (arianos são briguentos por que o seu planeta regente é Marte, deus mítico da guerra). Não sei muitas coisas, e não só em astrologia (quem me dera). O que sei é que as pessoas são diferentes entre si e a astrologia funciona bem (assim como outras coisas funcionam) para sistematizar as informações a respeito delas. Portanto, vou continuar curioso em relação a isso.
Qual o teu signo?