Tinha até esquecido este desenho nos meus arquivos. Fiz depois de ver o clip da música "Isso", dos Titãs. O clip é bem legal, e a música também (tirei no violão). O carinha aí é pra ser o Paulo Miklos. O elefante é pra ser uma elefanta (elefoa? aliá?).
A música é esta:
Isso!
Que acontece com a gente
Acontece sempre
Com qualquer casal
Isso!
Ataca de repente
Não respeita cor
Credo ou classe social
Isso! Isso!...
Parecia que não ia
Acontecer com a gente
Nosso amor era tão firme
Forte e diferente...
Não vá dizer
Que eu não avisei você
Olha o que vai fazer
Não vá dizer...(2x)
Não adianta mesmo reclamar
Acreditar que basta
Apenas se deixar levar
Isso!
Que atrapalha nossos planos
Derrubou o muro
Invadiu nosso quintal
Isso!
Passam-se os anos
Sempre foi assim
E será sempre igual
Isso! Isso!...
Parecia que não ia
Acontecer com a gente
Nosso amor era tão firme
Forte e diferente...
Não vá dizer
Que eu não avisei você
Olha o que vai fazer
Não vá dizer...(2x)
Isso! Isso!...
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
A dura vida de um ilustrador
Muitas vezes nesta minha - já não tão curta - vida profissional passei pela experiência do retrabalho. Odeio com todas as fibras do meu ser ter que refazer alguma coisa (claro, se já não gosto muito de trabalho, não posso morrer de amores por retrabalho). Esses desenhos aí de cima são um exemplo de como a vida de um desenhista pode ser dura às vezes.
O cliente queria que refizéssemos uma cartilha cujos desenhos não agradaram. Então Telminho, orientado pelo material antigo, refez as artes (passo 1). Aí, no meu original, apliquei umas aguadas (passo 2), pra depois transformar em cor no Photoshop (passo 3). Só que o cliente não curtiu a técnica de pintura e pediu cores chapadas. Como eu tinha "aguado" o original, tive que refazer meu próprio desenho (passo 4). Mesa de luz nessas horas. Aí pintei de novo, desta vez com cores chapadas (passo 5). Dei por acabado o trabalho. Só que o cliente continuou não gostando... queria um outro tipo de traço, o que fiz no passo 6.
Buenas... agora multipliquem todo esse faz e refaz por oito, que é a quantidade de desenhos da cartilha. Trabalheira, né? Isso que não falei da parte "desenha a lápis", "passa nankim", "apaga o lápis", "escaneia", "coloca sombras", "efeitos de cor", etc, etc, etc... Tem neguinho que faz isso rindo, eu já não tenho saco. Faço porque tenho que fazer, é o meu trabalho. Mas ó, qualquer prêmio da mega-sena ou sócio pra abrir um sebo e eu largo essa vidinha, viu!
O cliente queria que refizéssemos uma cartilha cujos desenhos não agradaram. Então Telminho, orientado pelo material antigo, refez as artes (passo 1). Aí, no meu original, apliquei umas aguadas (passo 2), pra depois transformar em cor no Photoshop (passo 3). Só que o cliente não curtiu a técnica de pintura e pediu cores chapadas. Como eu tinha "aguado" o original, tive que refazer meu próprio desenho (passo 4). Mesa de luz nessas horas. Aí pintei de novo, desta vez com cores chapadas (passo 5). Dei por acabado o trabalho. Só que o cliente continuou não gostando... queria um outro tipo de traço, o que fiz no passo 6.
Buenas... agora multipliquem todo esse faz e refaz por oito, que é a quantidade de desenhos da cartilha. Trabalheira, né? Isso que não falei da parte "desenha a lápis", "passa nankim", "apaga o lápis", "escaneia", "coloca sombras", "efeitos de cor", etc, etc, etc... Tem neguinho que faz isso rindo, eu já não tenho saco. Faço porque tenho que fazer, é o meu trabalho. Mas ó, qualquer prêmio da mega-sena ou sócio pra abrir um sebo e eu largo essa vidinha, viu!
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
20 anos de mudanças
Esta é a vista da minha janela. São as árvores da Rua dos Andradas, ali na altura da Casa de Cultura Mario Quintana. No meu quarto tem uma porta de vidro e uma janela grande que dão pra uma sacadinha. À noite a luz dos postes ilumina as árvores e também o quarto. É uma parte decadente mas ainda bonita da cidade, e seria o melhor apartamento em que já morei se não fosse pelo barulho. Meu apê fica no quarto andar e os sons da rua chegam lá em cima amplificados. Então eu ouço os carros (suas rodas oscilando na irregularidade da rua de pedras), ouço os caminhões que abastecem os mercadinhos e restaurantes às 6 da manhã, o caminhão de lixo que passa aí pelas 2 da matina, os garis que varrem a rua também durante a madrugada, o vozerio das pessoas nos bares até depois da meia-noite e os indigentes e flanelinhas que vivem na redondeza e que muitas vezes escolhem a noite pra fazer suas farras ou acertar diferenças.
Moro hoje a duas quadras do meu trabalho. Isto é uma beleza pra um sujeito que gosta de dormir o máximo que dá. Acordo 15 minutos antes do meu horário. Almoço em casa e economizo uma grana. Poupo também o dinheiro que gastaria com passagens e evito o atrolho de ônibus e metrô nos horários de pico. No final a economia que faço não é suficiente pra pagar o aluguel, mas tudo bem, acho que ainda tá valendo.
Sou um cara não muito ligado ao tempo. Não pergunto e não me interesso pela idade das pessoas e, às vezes, até esquecia a MINHA idade (agora não mais, visto que este ano faço 40). Em algumas circunstâncias algo que aconteceu ontem, pra mim parece que foi há séculos. E vice-versa. Mas principalmente não consigo situar minha vida na cronologia dos anos. As vezes converso sobre algum assunto e alguém pergunta: em que ano foi isso? Putz... não faço a menor idéia.
Um pouco por essas, resolvi fazer um histórico da minha vida nômade. Minha mãe sempre diz que puxei à minha avó paterna, que gostava de viver se mudando. Não posso negar que mudanças me agradam, mas depois de tantas que já fiz, começo a cansar. Decididamente carregar geladeiras, mesas de mármore e dezenas de caixas pesadíssimas de livros não é a coisa mais agradável do mundo. Mas ainda tenho umas reservas de energia. Minhas mudanças até hoje ficaram limitadas ao circuito Canoas-Porto Alegre e essas sim, já encheram o saco, mas uma mudança pra muito mais longe (outro estado, outro país) ainda me anima a fazer as malas de novo.
Se acontecer, aumento este registro. Agora, como diria nosso amigo Proust, vamos à busca do tempo perdido:
Endereço I - 1989/1990 – Rua Gonçalves Dias - Centro, Canoas – Telminho com 18 anos. Morava com meu irmão River e meu amigo Leandro. O amigo foi embora logo e ficamos o River e eu curtindo a vida de rapazes independentes. O apê ficava no mesmo prédio do meu trabalho, aliás, no mesmo corredor. Jornal O Timoneiro, o mais tradicional da cidade. A MTV chegava no RGS e, enquanto meu irmão andava de skate ao som de Faith no More e Red Hot Chilli Peppers, eu tentava aprender violão.
Endereço II - 1992/1993 – Rua Cândido Machado – Centro, Canoas – Morava com meus amigos Emerson e Henrique. O Emerson também debandou logo, mas vivia lá. Assim como dezenas de outras pessoas. Foi o apê mais movimentado em que morei. A maior parte dos artistas da cidade (ou pelo menos a parte jovem destes artistas) frequentou aquele apartamento. Lá conheci também o Jéferson, que se tornaria outro grande amigo. Maconha, gurias, bebedeiras, filmes, alguns livros... alegria, enfim.
Endereço III - 1993/1994 – Rua Coronel Vicente – Centro, Canoas – Morei inicialmente sozinho, mas depois dividi com meu amigo Elias, fotógrafo do jornal onde eu então trabalhava, o Diário de Canoas. Tinha uma guitarra e uma caixinha de som. Passava horas repetindo os mesmos solos, pois tinha planos de me tornar um Joe Satriani ou um Yngwie Mallmsteen. Não me tornei.
Endereço IV – 1995/1996 – Av. Dr. Barcellos – Centro, Canoas – Morávamos eu, meu irmão River e meu amigo Jéferson. Não durou muito nem rendeu histórias pra contar. Nessa época eu ganhava um bom salário e fazia uns frilas de ilustração pra livros infantis e infanto-juvenis. Comprei um carro.
Endereço V – 1996 – Rua Muck – Centro, Canoas – Saí do jornal, vendi meu carro e decidi abrir uma empresa. Era uma sala imensa num prédio metade comercial, metade residencial. Eu morava na parte comercial, na cara dura. Investi dinheiro pra caramba no negócio, montei um estúdio que era um brinco e fui vendo a coisa naufragar aos poucos. Passado um ano fechei a birosca. Estava no SPC, Serasa, devia pro cartão de crédito e não tinha um tostão no bolso. Da empresa sobrou o computador e as mesas de mármore que eu, penosamente, arrastaria ainda por alguns endereços. Voltei pra casa dos meus pais por um tempo. Eu tinha 25. Nessa época comecei a comprar livros e ler (um hábito que havia perdido, ou que se restringia aos gibis). A leitura e a falência decididamente me tornaram uma outra pessoa. E também o nascimento da minha filha, que aconteceu neste ano.
Endereço VI – 1997/1998 – Av. Getúlio Vargas (BR-116) – Centro, Canoas – O pior apartamento onde já morei. Pior que convenci o River a ir comigo. Era o último andar de um prédio caindo aos pedaços. No verão o calor era insuportável pois o prédio não tinha telhado, a laje do edifício era o nosso teto. Em dias de chuva, por causa das rachaduras, pingava dentro de casa. O barulho da BR-116 era de enlouquecer. Fora isso o dono do prédio era um cara completamente louco. Plantava maconha nos fundos do edifício. Uma vez foi nos cobrar o aluguel (que não atrasávamos) e chegou chutando a porta. Doido de pedra. Nessa época eu continuava fodido. Sem trabalho, só pegava uns bicos que não davam pra nada. Como não tinha grana pra pagar a pensão da minha filha, compensava cuidando dela enquanto a mãe trabalhava. Quem já cuidou de criança sabe... putz, canseira. Mas foi bom, pelo menos essa fase dela eu curti.
Endereço VII – 1999/2000 – Av. Protásio Alves – Santa Cecília, Porto Alegre – Opa... finalmente Porto Alegre. A convite do meu amigo Jéferson fomos, o River e eu, dividir com ele um apê na capital. A apartamento era imenso, quase não dava acreditar. Eu continuava desempregado, mas isso não impediu que descobrisse a noite de Porto Alegre (do Bom Fim e da Cidade Baixa, pelo menos). No princípio fui relutante, mas não demorei muito a tomar gosto pela coisa. Logo arranjei trabalho numa agência de propaganda e jornalismo que atendia o Governo do Estado (companheiro Olívio – saudades daqueles tempos). Lá conheci a Zaira, que entre idas e voltas é minha chefe até hoje.
Endereço VIII – 2001/2002 – Av. Bento Martins – Altos da Bronze, Porto Alegre – Meu amigo Jéferson decidiu sair do aluguel e financiar um apê. O River debandou, eu continuei dividindo. Tempos bons, vivíamos na noite e eu parecia mais um zumbi do que um ser humano no trabalho. O Jéferson então trabalhava comigo na agência e também o Emerson (lá do endereço II). Arrastei meio mundo de amigos pra aquele trabalho. Numa noite estávamos num coquetel com gente do Governo, na outra estávamos no Ossip enchendo a cara e olhando as deusas, já em outras, de repente, nos víamos entre luzes vermelhas, queijinhos, danças e... bom, melhor deixar assim.
Endereço IX – 2003 – Rua Demétrio Ribeiro – Altos da Bronze (?), Porto Alegre – Uma pensão. O Jéferson me mandou passear, mas eu não queria voltar pra Canoas. Morei um mês, talvez um pouco mais nessa pensão, mas não aguentei. Não existe lugar mais deprimente, acreditem em mim. Os moradores de pensão parecem todos ser feitos de cinzas, são criaturas apagadas, derrotadas, caladas, desconfiadas... enfim, muito triste.
Voltei pra Canoas. Fiquei um tempo com meus pais, mas tive desentendimentos com o velho e o clima ficou tenso demais. Nessa época saí da agência e decidi trabalhar só com free-lances. Deu certo durante um tempo. Tão certo que comprei meu segundo carro. Aí voltei a morar no Endereço III, no mesmo prédio, mas num apartamento diferente. Fiquei menos de um ano lá. Um dia apareceu o Jéferson e me convidou pra morar no apê do Endereço VIII de novo. Ele tava indo pra um doutorado sanduíche na Espanha e ia se ausentar por seis meses. Topei, e junto arrastei o River de novo. Isso já era 2004. Mas desta vez tínhamos outros planos. Eu venderia meu carro e nós daríamos uma entrada pra comprar o apartamento (que nunca me empolgou, mas afinal era um lugar pra morar no centro de Porto Alegre). As coisas não saíram como planejamos, eu continuava desempregado, fazendo uns trabalhinhos aqui e ali e acabei gastando a grana da venda do carro. O River decidiu largar fora (tava puxado pra ele, trabalhar em Canoas, morar no centro e estudar no campus do Vale). Na verdade largou a faculdade também. Então veio morar comigo o meu amigo Fabrício, um cara que tinha passado em Ciências Sociais, também na UFRGS. Ficamos os dois lá por algum tempo, mas então o Jeferson e a Ana Paula (mulher dele) voltaram da Espanha e o Fabrício foi pra uma casa de estudantes. Mas logo depois o Jéferson conseguiu um trabalho em Brasília e eu voltei a ficar sozinho no apê. Por estes tempos pensei em fazer vestibular (animado principalmente pela idéia de fazer natação de graça na ESEF, vejam só). Fiz e passei, inacreditavelmente. Filosofia. Nesse meio tempo veio morar comigo o Abu, que era amigo da Ana Paula. Gente boa ele, mas eu tava numa crise depressiva feroz e não agüentava mais aquele apartamento, por isso saí fora e fui morar noutro lugar.
Endereço X – 2005 - Rua Riachuelo – Centro, Porto Alegre – Este outro lugar se chamava Ceuaca, uma casa de estudantes paga. Eles privilegiavam gente de universidades privadas (pois a pública tinha suas próprias casas de estudantes) e eu acabei indo morar num cubículo que antigamente era um depósito. O lugar não tinha uma janela sequer, cheirava a tinta e mofo e eu o dividia com um sujeito pirado que dormia com a luz acesa. Fiquei uma semana lá e voltei pra casa dos meus pais. Fiquei um ou dois meses com os velhos e então consegui vaga na Cefav, uma casa de estudantes no campus da Agronomia.
Endereço XI – 2005/2006 - Av. Bento Gonçalves – Agronomia, Porto Alegre – Morei na Cefav durante um ano. Seis meses como visitante, seis meses como morador oficial. Conheci muita gente legal lá. Naquela época achava tudo lindo: a faculdade, meus colegas, meus professores, as festas... enfim, a vida universitária. Mas lamentava o fato de morar tão longe dos bares de Porto Alegre. Como tinha voltado a trabalhar na agência de propaganda (num esquema flexível, de meio-turno) achei que podia voltar a pagar aluguel.
Endereço XII – 2006 – Rua Gal. Vasco Alves – Altos da Bronze, Porto Alegre – Neste apê, que era muito bom, só consegui morar porque o meu amigo Leandro Mittmann estava saindo e não deu baixa no contrato (eu não tinha, como em 10 dos endereços até agora, condições de arranjar fiadores e a xaropada toda). Perto do Gasômetro, ótima região, eu tava feliz. Mas não tinha dinheiro pra nada. O pouco que eu ganhava com meu esquema de meio-turno ia todo no aluguel. Aguentei o que deu, mas quando o contrato acabou, pedi pro meu amigo entregar o apê. Voltei pra casa dos meus pais.
Endereço XIII – 2007 - Av. Mariland – Auxiliadora, Porto Alegre – Voltar pra casa dos velhos era sempre uma salvaguarda, mas invariavelmente durava pouco. Eu já não me estressava tanto com eles, mas morar em Canoas, num bairro como a Mathias, é foda. Os ônibus demoram e geralmente vêm apinhados de gente. Mesmo que eu usasse o trem (que por si só já é complicado nos horários de pico) ainda teria que depender do serviço de integração, que funciona pessimamente. Por isso já cheguei procurando um meio de voltar pra Porto Alegre. Isso aconteceu quando meu amigo W.S. me convidou pra morar com ele. O W. tinha um apê na Mariland e até a sua namorada voltar do exterior, eu podia ficar lotado por lá. Foi o que fiz. Não lembro quanto tempo durou isso, mas quando ela retornou eu já tinha um plano pra não ter de voltar pra Canoas outra vez.
Endereço IXV – 2007 – Miguel Tostes – Rio Branco, Porto Alegre – Aluguei um quarto. Neste endereço morava o Marco e suas duas filhas gêmeas, pequeninas. O apartamento era grande, ele alugava quartos para estudantes. Além do meu (o mais barato, pois era o da empregada) havia mais dois de bom tamanho. Era uma mini-república. As pessoas que passavam por lá seguiam o esquema: se trancavam nos seus quartos e tocavam suas vidinhas. Eu não consegui. Preciso interagir com as coisas. Acabei me apegando às meninas e claro, fiquei amigo do Marco. Nessa época comecei a vender livros no Brique da Redenção, aos sábados. Isso durou alguns meses, mas logo desisti. Era cansativo e cada vez dava menos retorno.
Fiquei alguns meses com o Marco e as gêmeas, mas então meu amigo W. foi pro exterior com a namorada e eu voltei pro endereço XIII. 2008/2009. Foi ótimo o tempo que passei lá. Muito tranqüilo. Mas tava indo mal nos estudos, não conseguia conciliar trabalho e faculdade. Abandonei a filosofia e comecei a trabalhar em período integral na agência. Algum tempo depois meu amigo Jéferson se tornou secretário de Cultura em Canoas e me chamou pra compor a equipe. Trabalhei sete meses por lá, mas continuava morando em POA. Quando pedi demissão (convicto de que salário algum compensava o nível de stress do negócio), decidi ficar um tempo sem trabalhar. Consequentemente, não era legal ficar pagando aluguel, por mais simbólico que fosse. Voltei então, vejam só, pra casa dos meus pais. Fiquei por lá um pouco mais de 6 meses. Vendo que minha grana acabava, voltei a bater na porta da agência onde eu trabalhava.
Endereço XV – 2010/2011 – Rua dos Andradas – Centro, Porto Alegre - Consegui o emprego de volta e logo descolei este apartamento em que moro agora (belezinha, direto com o proprietário). Pretendo ficar por aqui um bom tempo, ou pelo menos até o mundo acabar, em 2012. A vista é boa e tenho uma bicicleta lindona que está colocando meu corpinho em dia. Vou me acostumando com o barulho e tocando a vidinha do jeito que dá. Com esta história de vender livros na internet, de vez em quando até sobra dinheiro no fim do mês. É mais do que já tive em outros tempos, então meu dou por satisfeito.
Contando as voltas pra casa dos meus pais e os endereços repetidos, minha média foi de uma mudança por ano desde 1989. É mudança demais. Isso cansa até o mais convicto dos nômades. Se não vier a oportunidade de morar muuuuuito longe destas cercanias, não me mexo daqui.
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