Muitas vezes nesta minha - já não tão curta - vida profissional passei pela experiência do retrabalho. Odeio com todas as fibras do meu ser ter que refazer alguma coisa (claro, se já não gosto muito de trabalho, não posso morrer de amores por retrabalho). Esses desenhos aí de cima são um exemplo de como a vida de um desenhista pode ser dura às vezes.
O cliente queria que refizéssemos uma cartilha cujos desenhos não agradaram. Então Telminho, orientado pelo material antigo, refez as artes (passo 1). Aí, no meu original, apliquei umas aguadas (passo 2), pra depois transformar em cor no Photoshop (passo 3). Só que o cliente não curtiu a técnica de pintura e pediu cores chapadas. Como eu tinha "aguado" o original, tive que refazer meu próprio desenho (passo 4). Mesa de luz nessas horas. Aí pintei de novo, desta vez com cores chapadas (passo 5). Dei por acabado o trabalho. Só que o cliente continuou não gostando... queria um outro tipo de traço, o que fiz no passo 6.
Buenas... agora multipliquem todo esse faz e refaz por oito, que é a quantidade de desenhos da cartilha. Trabalheira, né? Isso que não falei da parte "desenha a lápis", "passa nankim", "apaga o lápis", "escaneia", "coloca sombras", "efeitos de cor", etc, etc, etc... Tem neguinho que faz isso rindo, eu já não tenho saco. Faço porque tenho que fazer, é o meu trabalho. Mas ó, qualquer prêmio da mega-sena ou sócio pra abrir um sebo e eu largo essa vidinha, viu!
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
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