Terminei de reler há algum tempo o Cem Anos de Solidão. Na primeira vez que li tinha 17, e isso já faz quase duas décadas. Livros são uma coisa nobre, mas as atitudes de quem gosta deles, nem sempre. Eu, por exemplo, roubei este livro do García Márquez. Estava de caseiro pra uma amiga e só me interessei pelo volume por que não tinha nada pra fazer. Lia apenas quadrinhos naquela época e, apesar de ter muita coisa boa no universo dos Comics, não era o caso dos meus gibis, devo admitir. O "Gabo" veio me salvar. O que principalmente me chamou a atenção foi o título. Não é pela capa que se conhece um livro, mas um bom título ajuda bastante. Neste caso foi crucial. Abri na primeira página e começou umas das experiências mais prazerosas que já tive. Como minha temporada de caseiro estava por terminar, mas a leitura não, tomei “emprestado” o volume. Crime sem perdão, eu sei. Mas paguei com juros o delito. Durante meus já longos anos de relação com a literatura, tive muitos livros perdidos. Livros que eu sabia que não devia emprestar, mas emprestei e nunca mais voltaram. Dentre esses vários títulos, o mesmo Cem Anos de Solidão.
Bom, quanto ao livro: a Macondo de GGM - é por demais rica, bonita e grande para que eu me atreva a fazer uma resenha neste humilde blog que não se propõe aprofundar assunto algum. Todavia recomendo (veementemente) aos poucos amigos que me lêem que por nada nas suas vidas deixem de conhecer Cem Anos de Solidão. Eu não sei como pude esperar vinte anos para relê-lo. Quer dizer, sei: releguei García Márquez a um segundo plano quando tive contato com outros escritores que também mexeram muito com a minha cabeça. Imediatamente após o impacto de Cem Anos, iniciei a leitura de Relato de Um Náufrago e não gostei. Aí fiquei com aquela impressão de que o colombiano era escritor de um livro só. Muitos anos depois vim a ter
Ta dada a dica.
Ah, e se pedirem um livro emprestado, não façam o que eu fiz. Devolvam!
2 comentários:
Prezado Mario Guerreiro
Li hoje o texto de minha "torcida pelo Grêmio" e dei frouxos de risos. Foi uma espécie de volta a um tempo de diversão, amizade e trabalho. Adicionei o teu blog aos meus favoritos, assim como já tinha te adicionado há muito tempo à galeria de minhas favoritas amizades. Um abração do vira-casaca
Claiton Magalhães
Grande Claiton! Como é que tu veio parar aqui, meu bom?
Também sinto saudades daqueles tempos. Queria voltar com a experiência que tenho hoje (que não é tanta assim, mas com certeza é um pouco maior do que a daquela época). Saudades de todo aquele pessoal.
Abração, camarada.
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