segunda-feira, 1 de julho de 2013

Doa-se um cachorrão

Esse bonitão em três momentos aí em cima é o Capeto, minha atual dor de cabeça. Explico: dentre os muitos cachorros abandonados para os quais dou comida aqui na vizinhança, o Capeto foi o que resolvi adotar pra valer. Foi uma estupidez dupla. Explico de novo: na verdade pedi o Capeto "emprestado" para cruzar com uma cadela bonita que andava no cio e que tirei da rua pra não pegar cria dos guaipecas. A primeira estupidez foi quando o cara da vigilância, dono do cachorro, perguntou se eu não queria o bicho pra mim em vez de tê-lo apenas emprestado e eu aceitei (foi sem pensar... ou seja, estúpido). Mas tudo bem, eu tinha um belo cachorro pra cuidar da casa (embora nunca tenha sido necessário um). O Capeto se revelou um tipo simpaticão (com o perdão do trocadilho). Veio magro e esfomeado (os caras não davam muita comida pra ele), hoje está fortinho e continua esfomeado. É um cachorro búfalo, não sabe a força que tem. Com pessoas é manso, com outros cachorros - se resolvem peitá-lo - é uma praga. A mãe dele, disse o cara da vigilância, é uma pitt-bull. O pai deve ser o Batman, a julgar pelo tamanho das orelhas (e pela esperteza... o bicho sabe até abrir portas).
Buenas... a segunda estupidez foi eu ter adotado o cachorro sem ter certeza do meu futuro imediato. Explico de novo: assim... muito contra a vontade, depois de um ano vivendo com toda a tranquilidade que sempre desejei, vou ter que voltar à vidinha de assalariado. Vou ter de regressar a Porto Alegre (meu dinheiro acabou há tempos e a coisa tá pegando). Quando isso acontecer, muito provavelmente vou morar num apartamento pelo centro. Ou seja, sem chance de ter comigo um cachorro. Ainda mais um vagabundão acostumado a correr por Cidreira inteira. Acho que o simpático merece pelo menos um pátio.
Então esta postagem é pra pedir que alguém adote este bicho, por caridade. Ele tem  muita raça... pode ser um ótimo cão de guarda. De preferência em algum lugar amplo e agradável (uma chácara ou algo assim).
Quanto ao guaipeca Telmo, este volta com o rabo entre as pernas e a cabeça baixa.
É uma vida estranha essa de cachorro.

3 comentários:

Igor disse...

Telmo, meu camarada! Tenho acompanhado aqui sua vida e seus amores perros... Boa sorte no regresso. Em meus dias de Santiago de Compostela conheci um escritor que se referia à Galiza - um lugar meio espanhol, meio português - como "o regresso a arder". Esse, aliás, é o título do livro. A dedicatória talvez explique um pouco: "Para a terra que, sem ser de todo nossa, ainda está em todos os regressos". Um abraço! Igor X.

Anônimo disse...

tem algum livro do caio f abreu autografado?

rodtecbr @ yahoo.com.br

Cristian disse...

é muito importante a adoção de animais para dar-lhes amor. Eu me pergunto se eles receven adestramento de cachorro ou se eu tiver que contratar um especialista quando adotada. obrigado