terça-feira, 12 de agosto de 2008

As urnas foram abertas!!!

Terminou o prazo da minha enquete. Muito obrigado a todos os amigos que votaram. Agora, munido do egocentrismo que me é peculiar e do bem nutrido narcisismo que mantenho apesar de todas as razões para não fazê-lo, gostaria de comentar o resultado.

Mulher: 3 votos
Não teria me incomodado se esta opção tivesse ganho. Ao longo destes meus sofridos 36 anos de vida, fui amansando meu romantismo exacerbado, mas ainda estou longe de dizer que me livrei dele. Hoje não escuto as músicas piegas e mela-cuecas que ouvia na adolescência e nem passo dois anos apaixonado pela mesma pessoa, mas - muito raramente, é certo - ainda caio na armadilha de acreditar em um amor e uma cabana quando vejo uma guria que me balança as estruturas. Tenho o ascendente em capricórnio, e isso seria ótimo... mas minha lua é em escorpião. Este aracnídeo em dose dupla já é overdose, já dá pra matar. Morrer de amor... que lindo, hein?!!! Mas não se preocupem, Werther não é mais o meu livro de cabeceira. Nem Os Trabalhadores do Mar, nem O Barão nas Árvores, nem Noites Brancas e nem La Invención de Morel. Não vou morrer de amor. Ou será que vou?

Mulheres: 8 votos
Quase que esta ganhou. Ficou em segundo lugar. Bom, estaria mais próximo das minhas atuais leituras de cabeceira. O Homem que Amava as Mulheres, do mestre Truffaut, Mulheres, do velho safado, Minhas Mulheres, do mestre Crumb e por aí vai. Irresistível a vontade de contar sobre as mulheres da nossa vida, né? Eu, que só pego gripe, já me senti tentado inúmeras vezes a fazer isso. O problema é que sou vil e desprezível. Minhas histórias são ilícitas... nem expiação posso fazer, pois estes relatos envolvem pessoas que não querem ser citadas. Mas é isto... quem não precisa das mulheres? Só elas mesmas e os gays - ainda assim com exceções. Eu, do centro do lugar comum onde estão todos os homens toscos ou nem tanto deste mundo declaro em alto e bom tom que gostaria de ter todas as mulheres do mundo (todas as que eu botasse o olho, pelo menos). Grande novidade! Vamos adiante.

Dinheiro: 3 votos
Pouco votada. Ao contrário do item "Mulher", fico feliz que tenha sido assim. Quero crer que o meu desapego à grana é uma coisa bastante visível. Claro que eu queria ter dinheiro. Tenho todo um estúdio musical pra montar e uns pequenos consertos pra fazer neste corpinho modesto que Deus (acho que foi ele) me deu. Mas não faço da grana - E PRINCIPALMENTE NÃO FAÇO DO TRABALHO - o centro da minha existência. Ces't vrai.

Psicanalista: 1 voto
O menos votado. Isso é bom e mau. Bom por que de uma votação tão baixa depreendo que as pessoas me consideram "analisado" (digam que sim, por favor!). Mau por que EU QUERIA. Porra, adoro o Woddy Allen e quando assistia, há anos, aquelas conversas do Paulo Santana com o Dr. Paulo Rebelato na TV Com, tinha a certeza de que um bom psicanalista tornaria minha vidinha cheia de neuras bem menos desconfortável. Claro que eu nutria, lá no fundo do meu serzinho monomaníaco, a esperança de que o psicanalista seria do sexo feminino, usaria um vestido longo que subiria automaticamente até a metade das coxas quando ela cruzasse as pernas e que ela diria com os olhos "vamos fazer sexo animal neste divã" enquanto sua boca pronunciava "uhum... me fale mais sobre isso". Sou freudiano, devo avisar.

Encontrar Deus: 7 votos
Olha! Me surpreendeu esta. A idéia de Deus é uma coisa tão fora do meu espectro de interesses que vê-lo assim, tão presente na vida dos meus amigos (estamos falando de 8 pessoas, eu sei, mas deixem eu brincar que isso é importante e lembrem-se que as pesquisas de opinião fazem uma projeção relativamente boa a partir de uma parcela ínfima da sociedade) me espantou realmente. Gosto, assim como Dostoiévski, de Jesus Cristo. Não gosto do Sócrates, aquele chato, gosto do Platão. Gosto das pessoas boas. Nelas gosto de Deus. Acho que Deus são os meus amigos, são as pessoas que te fazem rir da idéia de tudo ter saído de um aminoácido. Deus sou eu, por que não dizer? Deus somos todos nós. É o que eu penso. Mas tudo isso carece de embasamento... e eu não sou bobo de sacar do coldre a minha intuição simplesmente. Mas é ela... o que posso fazer?. Só que, como eu disse, vamos deixar Deus pra lá... por enquanto.

Largar tudo e viver como um andarilho: 4 votos
Tá bom, entendi. O pessoal não quer que eu saia daqui. Tudo bem gente... já vão longe os anos em que eu, bem empolgado com leituras de Jack London, George Orwell, Cortázar e outros (devo citar À Mão Esquerda, do Fausto Wolff, aquele mala que escreveu um bom livro), jurava que ia ganhar o mundo com uma mochila nas costas. Hoje sei que não vou virar um cidadão marginal do globo. Sou um cagão.

Levar uma boa surra: 12 votos
Campeoníssima. Pois é... Eu poderia dizer que já apanhei muito até hoje. Pelo visto não adiantou. O pessoal ainda quer me surrar. Eu proponho aos poucos amigos que vão ler esta bobagem toda que me escrevam e digam: se eu levasse uma surra, e esta surra me tornasse uma pessoa melhor, como isto se refletiria neste balanço que agora vos ofereço?

Beijos a todos. Como diria o meu amigo Fábio Klein: amo vocês!

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