segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Tá errado, Yeda... tá errado!!!

Lembro que no dia em que a Yeda ganhou as eleições pro Governo do Estado eu estava voltando de Canoas. Estava no ônibus que vinha pela Farrapos e pude ver o pessoal do PSDB e eleitores afins indo pra Sertório comemorar o resultado. Vi muitas mulheres dependuradas nas janelas dos carros ostentando bandeiras e berrando a plenos pulmões. Vi principalmente que não eram gritos festivos, eram gritos raivosos de gente tripudiando o derrotado. Eram gritos de desabafo depois de toda a tensão da disputa. A direita volta e meia se apropria de ideias da esquerda - por carência de ideias próprias, imagino - e, invariavelmente, faz um uso claudicante destas. Estariam naquele momento se apropriando da famigerada pecha de "raivosos", sempre tão leviana e perversamente atribuída à turma da esquerda? Sei que o mundo tem um pouco mais de lados do que simplesmente direito e esquerdo atualmente, mas ainda assim a coisa é menos poligonal do que alguns querem fazer parecer. Esses dias li um cara no ABC Domingo dizendo que a "censura" do ministro Tarso Genro ao jornal O Estado de São Paulo era "característico do comportamento de "COMUNAS"". Putz... um cara larga uma destas num jornal de grande circulação, então tô liberado pra recorrer aos velhos clichês neste meu humilde blog.

É... poderia fazer isso, mas não vou. Não tenho mais saco pra essas coisas. Ultimamente tenho feito muita questão de manter minha alienação (alienação política - que, por mais que eu me esforce, só consegue ser parcial pois a maracutaia é tamanha que uma simples passada de olhos no jornal já prende a gente (sério!!! tá melhor que alguns livros que já li)). As lambanças do Chico Fraga lá em Canoas, por exemplo. Não queria, mas fico ansioso aguardando "as emoções do próximo capítulo". Putz, sou maniqueísta mesmo... tô aqui torcendo mais que tiazinha noveleira pelo castigo do vilão. E tem vilão pra caramba nesta trama! Será que o ministro comuna vai conseguir botar os bandidos na cadeia? Será que a dona Yeda um dia vai saber qual é o lado de cima e qual o de baixo no Estado do Rio Grande do Sul? Será que em algum momento as pessoas que votaram nela vão fazer a incômoda pergunta: como eu pude, contra todas as evidências, não ter percebido antes que seria assim? Será? Será?
Aguarde o final eletrizante.

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