quinta-feira, 17 de abril de 2014

Post de bêbado

Caralho! Morreu o García Márquez.
Deus, tu tá levando embora todo mundo, porra! Daqui a pouco o meu universo de significação vai ficar vazio.
Brincadeira! Meu universo de significação é atemporal. Dostoievski, por exemplo (que eu não esqueci), é mais presente que o velho colombiano (e Deus é só figura de retórica, certo?). Mas eu gostava do "Gabo". Li "Cem Anos de Solidão" duas vezes (com um intervalo de 17 anos) e me deleitei em ambas. Li também "Memorias de Mis Putas Tristes" e achei sensacional.
A gente transita pelo mundo de maneira desconfortável. Sempre tentando vencer algo. Eu, nos últimos tempos, tento vencer o tédio (mais do que outras coisas, que não são poucas). Esses caras (escritores, quadrinistas, cineastas, etc) têm me ajudado na empreitada, e o Gabriel foi responsável por muitas horas da minha existência meio sem graça que deixei em suspenso, momentos em fui pra outro mundo. Isso não é pouco. Sei que foi assim pra mim e deve ter sido pra um monte de gente.
Mas claro, que não é só isso. Esses caras colocam um tijolinho a mais na "yellow brick road" das nossas vidas rumo ao... ao... ao... ao que, mesmo? Você não sabe, né? Nem eu. Mas a gente sabe que estes caras nos ajudam, de alguma forma. A arte é um lenitivo. Talvez seja até mais que isso. Eu é que ando meio amargo. E, neste momento, meio bêbado.

Nenhum comentário: